O BASQUEIRART surge originalmente como uma componente do Festival BASQUEIRAL durante a sua segunda edição em 2018.
Tem tido como propósito apresentar ao público uma programação complementar à oferta principal do Festival, abraçando outras formas de expressão artística que não a música.
Pretende-se, já nesta edição de 2021, que adquira outros contornos e que ganhe autonomia em relação ao Festival que o originou, apresentando-se no formato de Ciclo de Programação com a duração de dois meses e que, a cada ano, se debruce em torno de questões incontornáveis do nosso tempo, utilizando a arte como meio de consciencialização e debate de ideias.
Para a edição de 2021 o tema será a Sustentabilidade Ambiental do Planeta, sendo esse o fio condutor da maioria da programação prevista que contemplará exposições de fotografia, residências artísticas, intervenções no mobiliário urbano, sessões de cinema, performances multidisciplinares, arte urbana e vários momentos musicais.
Acontecerá no palco de sempre, a Vila de Santa Maria de Lamas, entre os dias 19 de Junho e 22 de Agosto. Dois meses de programação ininterrupta, numa edição em que o Museu de Lamas se junta à Basqueiro – Associação Cultural na sua organização e que contará com o precioso apoio da DGARTES.
Museu de Santa Maria de Lamas
O MSML ém espaço singular, marcado pela diversidade tipológica e temporal do espólio que integra e, sobretudo, pela única e surpreendente “cenografia expositiva” presente ao longo de toda a exposição permanente que advém do extraordinário legado do seu fundador - Henrique Amorim (1902-1977).
Um espaço, socialmente ativo, de grande valia cultural e pedagógica, demarca-se pelo contributo que presta à museologia nacional e, encontra na credenciação e entrada na Rede Portuguesa de Museus a concretização de um objetivo fulcral para o reconhecimento nacional e garante da continuidade da “missão social e patrimonial”. Nos últimos anos, redefine o seu posicionamento e assume o objetivo de se transformar num centro cultural de referência, multidisciplinar, que alia futuro, tradição e memória.
O BASQUEIRART 2021 é fruto de uma organização conjunta da Basqueiro – Associação Cultural e do Museu de Santa Maria de Lamas.
MÁRIO CRUZ "Living Among What ́s Left Behind"
"Living Among What ́s Left Behind” é o nome da assombrosa exposição de fotografia do fotojornalista Mário Cruz que permanecerá durante todo o ciclo de programação do Basqueirart nas salas do Museu de Santa Maria de Lamas que se transformarão para recriar o ambiente retratado pela exposição.
INDIGNU
O percurso sonoro com já mais de uma década do coletivo Indignu é inequivocamente trilhado em geografias onde o pós-rock é a paisagem dominante.
ANA DEUS
Vocalista desde 87 em bandas pop-rock, tendo iniciado em 93, com a escritora Regina Guimarães e o músico Alexandre Soares, o grupo Três Tristes Tigres que recentemente lançou o quarto álbum de originais, Mínima Luz.
SUMMER OF HATE
Summer of Hate (S o H) é um projecto de rock psicadélico do Porto enraizado no shoegazing, noise pop, no post-punk britânico e na pop dos anos 60 cuja única pretensão é a de fazer música agressivamente bonita. A banda é constituída por 6 membros e conta com um extenso portfólio online de mais de 35 temas ao longo de 3 anos, dois singles "Year of Kali" de 2017 e "Ecstasy" de 2018 e um álbum ao vivo no Ferro Bar (Porto) disponível desde Outubro de 2019.
Neste momento encontra-se em estúdio a gravar o seu disco de estreia.
TREN GO! SOUND SYSTEM
Tren Go! Soud System é uma one-man-band que está em constante passagem por paisagens das mais variadas espécies. Sobre carris de feedback desde 2006, Pedro Pestana (10 000 Russsos e Talea Jacta) é o maquinista desta locomotiva com motor a guitarra, pedais e loops e já vários registos discográficos, o último dos quais, Assessment, em 2021, com o músico alemão Sidney Yendis. Está previsto ainda para este ano o lançamento de Suspended Islands, banda sonora de uma performance de Wura Moraes e Darya Efrat.
JOANA GUERRA
Depois de três discos a solo, de uma riquíssima experiência pela cena experimental e inúmeras colaborações para teatro, dança, cinema e performance, Joana Guerra regressa com o seu quarto álbum de originais, “Chão Vermelho”. Editado pela berlinense Miasmah Recordings, momentos experimentais são intervalados por canções impressionistas que emergem da aspereza de dissonâncias, às vezes levadas ao extremo, enquanto a voz surge como sopro divino que transporta em si as propriedades geradoras da terra e da água.
O MANIPULADOR
O Manipulador é a one-man-band de Manuel Molarinho (“Baleia Baleia Baleia”, “Burgueses Famintos” ou “Daniel Catarino”), influenciada por bandas de rock alternativo e ética DYS, que encontra inspiração em paisagens industriais abandonadas, nos ritmos e melodias das conversas e na experimentação.
Pascal Ansell, Violeta Lisboa e Jari Marjamaki surgem-nos das caves de Lisboa onde o mofo é o odor reinante, ocupados na destilação de fluxos pós-punk, industriais e ondas frias com uma forte gota de acid para dar coloração à mistura. Bateria hipnótica, linhas sequenciais de acid e uma névoa de teclados; espasmos de guitarra tão dilacerantes quanto as suas duras harmonias; uma voz autoritária e fascinante. Músicas para corujas cibernéticas.
Dead Club é um ritual, um exorcismo, uma dança, um fogo de artifício e um silêncio. É um espaço e um tempo onde nenhum deles existe e a existência se anula a si própria. As paisagens que aqui se podem encontrar personificam-se em autoestradas desertas, um mar calmo e, ao mesmo tempo, a rebentação das ondas em si.
Os El Señor estrearam-se em 2017 com “Alvorada Beat”, um EP expresso mas eficaz de “rock n’ roll despretensioso” e despenteado. Há ócio e cheiro a mar, mas há mais inquietações e gritos ao aborrecimento e ao desprazer, ao tédio dos lugares em que se demoram e dos quais querem sair. Entre o garage, o pop e o surf, percorreram o país e marcaram presença em festivais como Vodafone Mexefest, Party Sleep Repeat, Mucho Flow, Black Bass ou Gliding Barnacles. Após curta pausa para pensar na vida, regressam renovados em 2019 com um line up alterado e preparados para por de lado o som fofinho que os trouxe até às luzes da ribalta.
Os Sensible Soccers contam já com uma década de existência, num percurso com 3 LP´s e a passagem por palcos de projecção internacional como o Primavera Sound, Festival Paredes de Coura, Boom Festival, Vodafone Mexefest, Rock In Rio ou ainda a primeira edição portuguesa do Boiler Room.
Formados em 2014 na cidade do Porto, não têm parado desde então de inquietar e agitar o panorama musical português, quer com o poder decibélico com que nos surpreendem a cada lançamento discográfico, como também com a insanidade e intensidade viciante dos concertos ao vivo.
CINE ECO SEIA
O CineEco Seia – Festival Internacional de Cinema Ambiental é outra conquista que muito orgulha o Basqueiral. Com a arcada do Museu de Lamas como pano de fundo, o Basqueirart receberá uma extensão oficial da 26a edição do prestigiado festival internacional que, a cada ano, reúne mais de 600 obras a concurso.
Várias sessões de acesso gratuito para miúdos e graúdos ao longo dos dois meses de programação do Basqueirart com uma selecção do que melhor se passou na última edição do Festival.
DANIEL EIME
Cabe ao talentoso artista português Daniel Eime, nome reconhecido globalmente pelos seus murais de grande escala e com obras espalhadas um pouco por todo o mundo, inspirar-se na temática da sustentabilidade ambiental e deixar uma “pegada” permanente da passagem do BASQUEIRART 2021 por Santa Maria de Lamas.
Residência Artística de três meses no Museu de Lamas.
Terá o desafio de criar e apresentar um espectáculo original em torno da temática ambiental, constituído por um elenco, na sua maioria, de voluntários amadores provenientes da comunidade local.
Residência Artística de três meses no Museu de Lamas.
Terá o desafio de criar e apresentar um espectáculo performativo original em torno da temática ambiental, com estreia exclusiva junto do público do BASQUEIRART.
RUI SOUSA "Open Call"
Uma das residências artísticas do BASQUEIRART estará a cargo do talentoso artista Rui Sousa, o vencedor do Open Call lançado para a criação de duas instalações de carácter efémero que se proponham a fazer o diálogo entre o espaço onde estarão inseridas, o Museu de Santa Maria de Lamas, e a exposição temporária que permanecerá ao longo de todo o ciclo de programação do BASQUEIRART, a exposição de fotografia “Living Among What´s Left Behind” do fotojornalista português Mário Cruz. Baptizou-as com os nomes de “Rio Morto I” e “Rio Morto II”.
WAREHOUSE 4IS
A quarta e última residência estará a cargo do Colectivo Warehouse e da 4is – Plataforma para a Inovação Social. Durante 2 meses serão desafiados a intervir no espaço público, desenvolvendo projectos de arquitectura participativa de âmbito cultural e social, quer através de instalações artísticas a edificar num espaço público da Vila, dedicada à temática ambiental, como também respondendo a necessidades identificadas pela comunidade.
